sábado, 10 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 6-O GLACIAR PERITO MORENO

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FOTOS DOS 20º DIA - 30/NOV:
     

FOTOS DOS 21º DIA - 01/DEZ:
     

20º DIA - 30/NOV - Rio Gallegos a El Calafate - 250 Km (mais vento! ... e camping de baixo da ponte)
Saimos de (Rio) Gallegos e seguimos em direção a (El) Calafate. E fomos bem, até que o vento foi pegando novamente e cada vez mais forte a tal ponto que tivemos que parar no posto (Estación de Servício) de La Esperanza (metade do caminho). Pois fomos obrigados (nós e todos os motor-home que estava no mesmo caminho) a parar alí para se abrigar do vento. Foram horas preciosas perdidas e só voltamos para a estrada depois das 16h, mesmo com o vento ainda meio forte. Chegamos em Calafate aproximadamente 18h e até abastecermos, descansar um pouco, nos alimentar e terminar de passar pela cidade, saímos para os 80 Km até o Glacicar às 19h, pois fecharia (segundo nos informaram) às 20h e permitiam que se ficasse alí dentro até às 22h (horário no qual ainda há luz naquela latitude e época do ano). Mas, chegando lá, fomos pegos de surpresa, pois o horário de entrada de 20h só seria válido no dia seguinte (até o dia 30 ainda valia o limite de 19h, chegamos às 19h45). Então aproveitamos o wi-fi do pórtico de entrada do parque (sim, tem wi-fi), tomamos uns mates, conversamos com um guarda parque e com o funcionário da portaria, recarregamos as garrafas dágua e depois seguimos até um local pertinho dalí, praticamente debaixo de uma ponte, para acampar até o dia seguinte e cedinho entrar no parque. Detalhe: No dia seguinte descobrimos que estávamos a 2 Km de um camping, provavelmente com toda estrutura (banheiros, duchas e energia). Mas não nos arrependemos, pois dormir na beira do Rio Mitre foi uma experiência muito interessante, com aquele barulhinho da água correndo e um belo amanhecer, com direito a arco-íris.

21º DIA - 01/DEZ - O Glaciar Perito Moreno e início da volta... (natureza impressionante e compra de terreno)
No outro dia cedinho acordamos e, calmamente, levantamos acampamento e entramos no parque no meio da manhã. "Filamos um rango" (comemos) e depois fomos às passarelas e mirantes que dão acesso ao Glaciar Perito Moreno. Fomos ver o glaciar e nossa intensão era de tirar umas fotos e pegar a estrada para Piedrabuena no mesmo dia... resultado: É impossível chegar lá e ficar pouco... só as passarelas já exigem um tempo e tanto para descer e quando se está perto do glaciar, se perde a noção do tempo e quando nos damos conta já passaram horas e a pessoa nem se importa com isso. Chegamos na época em que ele está contra a margem, enorme e próximo dos mirantes, de forma que pegar o passeio de barco seria secundário. Os estrondos de gelo quebrando são muito frequentes e quando acontecie um, todos olham para ver onde tinha sido o rompimento do gelo... e assim se passam algumas horas (ainda bem que só conseguimos entrar neste dia, pois no dia anterior teríamos pouco tempo para aproveitar). Esse glaciar é realmente impressionante, quase indescritível. Lá dentro se deixa o veículo num estaconamento e a a locomoção é pelos micro-ônibus que circulam pelo parque, tudo gratuitamente, incluído na estrutura do parque. Só alimentação e compras é que são cobradas em separado.
A VOLTA... no meio da tarde saímos de volta para passar Calafate (completando o tanque) e seguir para Piedrabuena no mesmo dia. Não conseguimos nos encontrar com os guris (Martin e Claudia, que estavam em Calafate) por mero desencontro de horários. Pois saímos de Calafate passado do meio da tarde e era bem provável que pegássemos noite, pois os 200Km de rípio são seriam muito rápidos de ser percorridos... escolhemos o rípio para escapar do vento nos mais de 400 km necessários para descer a Gallegos (ao sul) e subir novamente a Piedrabuena (Comandante Luiz Piedrabuena, ao norte de Calafate e a leste de Calafate). Assim o vento que sempre corre (no plano) de oeste a leste nos empurraria ao invés de nos vitimar pelas laterais (direita para quem desce ao sul e esquerda para quem sobe ao norte).
PORÉM... a estrada tinha problemas em alguns pontos e foi difícil manter uma boa velocidade de cruzeiro. Assim aos 160 Km de rípio o sol foi sumindo no horizonte e os últimos km foram no escuro. Com pressa de chegar mantive uns 50Km/h nos momentos em que o pipio estava bem plano, e isto nos fez ir chegando perto do asfato da ruta 3, mas...
COMPREI UM TERRENO... "do nada" (de repente) me deparei num ponto a 60 km/h com um trecho de rípio solto que uma máquina deixou na pista (bem solto) com direito a valetas (huejas, ao estilo dos arados), dei uma leve freiada e entrei a uns 55 km/h uma daquelas valetas, com a moto debriada (apertei a embreagem) de forma que a roda traseira se adaptasse bem à irregularidade do solo pelo máximo de tempo possível. Em algum momento a moto perderia o equilíbrio e como meu pneu era para asfalto não teria aderência para retomar o equilíbrio em terreno solto, portanto, caí quando a velocidade estava bem menor, creio que a 10km/h mais ou menos (entre 20 e 5 km/h). Me machuquei pouco, mas passados os primeiros minutos fiquei bem nervoso. E nessas horas é que faz diferença a ter parceiros andando junto, pois sem eles eu não conseguiria chegar em segurança nos 85 km que faltavam a até Piedrabuena (15 de rípio e 70 de asfalto). Eu estava relativamente bem, mas em estado de choque. Quanto à moto, teve algumas avarias que tive que consertar no dia seguinte, mas pelo menos me permitiu a pilotagem depois da queda. Me atenderam na cidade e foram apenas pequenos machucados das pedras maiores que rasparam minh pele mesmo por fora da proteção do equipamento de cordura (jaqueta e calça). Mas que fique claro que este me protegeu muito, muito mesmo. Valeu cada centavo investido e cada minuto de uso que fiz do equipamento por todos esses anos.

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