domingo, 4 de janeiro de 2015

USHUAIA 2014, 5-E SEGUE O PASSEIO

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FOTOS DOS 14º e 15º DIAS - 25 e 26/NOV:
   

FOTOS DOS 16º DIA - 27/NOV:
    

FOTOS DOS 18º e 19º DIAS - 28 e 29/NOV:
    


14º DIA - 25/NOV - Ushuaia a Rio Grande - 200 Km (e o vento começou de verdade... e a solidariedade se mostrou)
Saímos na terça-feira e fizemos as fotos obrigatórias no pórtico da cidade. Até este ponto a diferença do meu odômetro entre partida inicial até o início da volta aqui, fechou pouco mais de 5000 Km. Neste dia levamos na garupa de uma das motos a Kitty, reporter do Diário Motos Sin Fronteras de Porvenir, cidade para onde nos dirigíamos nesse dia, antes dos tempo mudar.
Quando chegamos a Tolhuin, encontramos 2 brasileiros na Estación de Servício (posto), que estavam chegando a Ushuaia. Depois seguimos a Rio Grande onde encontramos o amigo Oscar, que nos recebeu no posto, conversamos um tanto e tentamos seguir adiante... tentamos, pois o vento que vinha se pronunciando cada vez mais forte, decidiu se mostar de verdade... ventos de 50 km/h com rajadas de 70, era a previsão. O Oscar já sabia que voltaríamos em alguns minutos e em pouco tempo já estávamos na casa dele, onde passamos a noite.
Mas o que seria um dia perdido se revelou uma noite agradável. Dizem aqui da Terra do Fogo que "Deus cria e o vento amontoa". Pois nos amontoamos nós 3 (Coraza, Clovis e eu) + Kitty + Gilson Miranda + colombiano Andres Potes (que está percorrendo vários países) + a família do Oscar + amigos que vieram nos ver... uma galera. Sorte que nos dividimos e o Coraza foi para a casa de um dos que apareceu alí para visitar outra arachana (nascida em Melo) que vive lá. Para a janta não sabíamos o que fazer e nós os visitantes decidimos fazer a janta... eu o Gilson, como gaúchos, achamos melhor tentar fazer um arroz de carreteiro... mas não tinha charque na região e o arroz local era muito estranho... mas saiu um "rango" legal (dei uma de cozinheiro até a parte em que tinha que colocar o arroz, ponto em que passei para a Karin, esposa do Oscar, que conhecia bem esse arroz e sua própria cozinha. A comida foi muito elogiada, mas certamente a fome foi um ingrediente mais importante neste caso, e daí fica fácil agradar.
NAS CAMAS DA FAMÍLIA... eles dormiram sobre edredons e colchões no chão, dando suas camas e sofá para nós dormimos... pode ser normal para eles, mas para nós foi atípico tanta solidariedade (dois dias depois compramos colchões infláveis e enviamos para eles).

15º DIA - 26/NOV - Rio Grande a Porvenir - 260 Km (um passeio)
Neste dia o Gilson, que conhecemos na casa do Oscar, veio conosco e foi um passeio, o vento deu uma trégua (sempre presente, mas apenas o normal da região) e conseguimos viajar sem maiores problemas. Andamos os 80 Km até a fronteira de San Sebastián, os 16 km de rípio até a migración chilena, os 60 Km até a migración até o trevo que dobra para Punta Delgada ou para Bahia Chilota em Porvenir. Dalí pegamos para Porvenir, mais 100 Km. Foram uns 260 Km nesse dia. Depois, na janta, fomos recebidos na casa da Kitty com o talento culinário do amigo dela, o Armin, grande cozinheiro nas horas vagas. Lá tivemos o prazer de comer SAMÓN CON SENTOYA, um espetáculo de sabor, mesmo para quem não costuma comer peixes e frutos do mar como eu. Também provamos carne de castor enquanto ele preparava o prato principal. O salmão com sentóia é uma combinação inesquecível, cada um deles já é bom, mas juntos ficou ótimo!

16º DIA - 27/NOV - Porvenir a Punta Arenas (compromissos, balsa, Zona Franca e pôr do sol)
Tínhamos uns compromissos para cumprir em Porvenir, como visitantes... Falar na rádio, receber um menino doente na balsa (que veio de Punta Arenas, pela manhã), visitar um centro que ajuda crianças especiais, o que foi muito bom... crianças são sempre uma benção.
Fizemos o almoço rápido depois para garantir o horário da balsa (14h)... um ótimo passeio de 2h. Até tirei uma foto como "capitão de estrada" ao lado do capitão do navio (balsa) e de um oficial do exército chileno... uma boa lembrança.
Chegando em Punta Arenas fomos atrás de hospedagem, no local onde tinham nos indicado (está nas fotos) e depois fomos dar uma volta, onde encontramos um POR DO SOL maravilhoso... dum jeito que só costumo encontrar em Punta Arenas... as fotos até captaram bem o cenário, mas na hora era uma luminosidade especial, melhor do que nas fotos. São coisas que só nossos olhos podem ver...
Também passamos na Zona Franca e os 3 (Clovis, Coraza e eu, Sandro) compramos umas bolsas que até pareciam impermeáveis mas, principalmente, são grandes, de forma a acomodarmos boa parte da carga nelas.

17º DIA - 28/NOV - Punta Arenas (um dia parados pelo vento)
Levamos a Kitty para a balsa, o Gilson seguiu seu caminho (saiu antes de nós para a estrada) e seguimos viagem, digo, tentamos seguir... mais uma vez o vento se revelou uma barreira e um risco sério, que nos fez abortar o trecho do dia... iriamos a Puerto Natales, para seguir depois a Torres del Paine. Porém, nada disso foi possível e tivemos que voltar à hospedagem onde ficamos na noite anterior e que já estava lotada... por sorte uma cabana tinha sido liberada e nos fizeram o mesmo preço do quarto simples do dia anterior.
Com a tarde livre, agora só os 3 novamente (Clovis, Coraza e eu), voltamos à Zona Franca agora pra procurar pneu para a Falcon do Coraza, o que, por incrível que pareça, não se achou em Punta Arenas (mas achamos no dia seguinte em Rio Gallegos). Também achei um tripé especial que tanto procurei para a câmera e que só tem na loja da Canon em Punta Arenas.

18º DIA - 29/NOV - Punta Arenas a Rio Gallegos (mudança de planos)
Finalmente, seguindo viagem... mas desistimos de Puerto Natales, pois lá o vento não só era lateral, variando de lado o tempo todo, a cada montanha. Se a viajem já seria ruim com vento forte, imagina então variando de lado (frete, esquerda, direita e costas...) o tempo todo! E também perdemos 2 dias por conta do vento e isto comprometeu nosso calendário de viagem. Decidimos então ir a (Rio) Gallegos para achar o pneu do Coraza e, talvez, chegar uma cidade além... mas não deu tempo e tivemos que parar também numa oficina para trocar a transmissão da Falcon... o vento comeu o pneu traseiro e uma transmissão da Falcon em pouco mais de 5000 Km.
Paramos no Hotel Colonial (um hotelzinho bom, tirei foto do cartão deles). Também conhecemos o Marcelo, um ótimo mecânico, onde também arrumei meu baú que estava um pouco quebrado no suporte.
COMPRA DE TERRENO... neste dia o Coraza "comprou um terreno" (caiu) na Ruta del Fin del Mundo (CH 255, do lado chileno, entre Punta Arenas e Rio Gallegos). Foi me mostrar uma placa (cartel) e a roda dianteira da Falcon e alinhou com o degrau que tinha entre a estrada de cimento e o acostamento de terra e daí ele perdeu o equilíbrio.
Lesões... Ele teve raspões (estava sem luvas) e uma leve batida nas costelas (que só nos contou muitos dias depois, ficou sentindo dor sem nos falar...). Por sorte não foi nada, ele verificou dias depois, em casa, com o plano de saúde dele e estava ok... nos últimos dias (quando nos falou) ficou tomando um anti-inflamatório e analgésico por precaução, e por pressão nossa (minha e do Clovis).
Colega chileno em Gallegos... na janta conhecemos o colega Marcelo de Punta Arenas, e trocamos contatos, como sempre.

DICA: Não troquem óleo, pneu ou transmissão em Ushuaia. Isto é melhor em Rio Gallegos, pelo atendimento (e mais fácil que em Punta Arenas, pelos locais e agendamento).


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